terça-feira, 21 de novembro de 2017

AUSÊNCIAS E RESILIÊNCIA

Por muito que nos custe a vida tem destas coisas!

Por motivos pessoais, fui forçado, a estar afastado deste espaço por mais de 2 anos e meio.
Não há justificações nem desculpas, apenas um regresso.

Por vezes, nós não somos nós, somos aquilo que os outros querem fazer de nós.

Regresso mais forte e imbuído de um espírito de luta tenaz, como só os mais resilientes são capazes de conseguir.

Agradeço aos meus Familiares mais próximos que nunca me abandonaram, especialmente ao meu Filho, mas também aos meus Amigos que sempre me apoiaram e deram força, sem vós não teria sido possível ultrapassar estes momentos difíceis. 

A capacidade do indivíduo em lidar com situações adversas, superar pressões, obstáculos e problemas, e reagir positivamente a eles sem entrar em conflito psicológico ou emocional é também um acto de coragem.

Todos nós, de tempos em tempos, somos testados na nossa habilidade de adaptação, isto é, na nossa capacidade de resiliência. O principal objectivo da resiliência não é restaurar o passado, mas propiciar condições de dar um salto para a frente. 
É a habilidade de manter o seu propósito enquanto você se adapta a novos métodos e procedimentos.

Dizem os antigos que não podemos controlar os ventos que sopram no nosso barco, mas podemos ajustar as velas para chegarmos ao nosso destino. 

É exactamente isso que faz uma pessoa resiliente: ajusta as velas para chegar ao objectivo, adaptando-se e agindo com flexibilidade diante da conjuntura adversa. Resiliência é um dos sinais do verdadeiro líder, capaz de enfrentar e suplantar crises, problemas, obstáculos e adversidades com serenidade em situações de stress.

Pessoas assim possuem como principais características:


1. Grande capacidade de adaptação 
Pessoas resilientes são flexíveis tanto mental quanto emocionalmente. Sentem-se muito confortáveis em utilizar qualidades e comportamentos aparentemente opostos. São indivíduos que têm facilidade em ser ao mesmo tempo lógicos e intuitivos, sérios e brincalhões, calmos e entusiasmados, fortes e gentis. 
2. Acreditam que as coisas sempre terminam bem.
São pessoas dotadas de profundo optimismo alicerçado em fortes valores internos. Têm grande tolerância às incertezas e ambiguidades. Conseguem trazer estabilidade em situações críticas ou caóticas. Costumam perguntar: “O que posso fazer para que as coisas terminem bem para todos nós?” 
3. Criam emoções positivas em épocas de crise.
Conseguem mergulhar em situações que para outros são stressantes, porque aprendem óptimas lições das situações negativas. Transformam infortúnios e desgraças em coisas boas e fortalecem-se com a adversidade. Costumam perguntar: “Como posso modificar isso? Por que foi bom que essa situação negativa acontecesse?” 
4. Aprendem continuamente com a experiência de vida.
Pessoas resilientes assimilam rapidamente experiências novas ou inesperadas e agregam facilmente essas mudanças às suas vidas. Elas perguntam: “Qual a lição por trás dessa experiência?” Mesmo em meio à crise elas riem e experimentam emoções positivas. Esse comportamento emocional ajuda a liberar a oxitocina e as endorfinas, substâncias preciosas que auxiliam a enfrentar situações de grande pressão. 
5. Sabem se defender.
Quando confrontadas com ataques e manobras mal-intencionadas elas evitam e bloqueiam essas acções, sabem respondê-las buscando também apoio, aliados e recursos adequados para o confronto. 
6. Possuem uma sólida  auto-estima.
A auto-estima é como nós percebemos a nós mesmos e determina o quanto nós aprendemos quando algo deu errado. A auto estima faz com que nos respeitemos a nós próprios e aos outros, e saibamos aceitar críticas sem ressentimentos, bem como elogios e cumprimentos, sem nos tornarmos arrogantes.
7. Possuem amizades e relacionamentos saudáveis.
Existem inúmeras pesquisas mostrando que o apoio social é essencial para a resiliência. Mesmo que seja introvertido, se tiver uma pessoa de confiança com quem possa conversar sobre a sua situação, isso pode ser extremamente útil. Pessoas solitárias estão mais sujeitas a condições de stress. Falar com amigos, familiares ou mentores diminui o impacto das adversidades e aumenta o sentimento de auto-estima e autoconfiança.
8. São pessoas criativas e intuitivas.
São indivíduos que analisam os problemas e dificuldades sob vários ângulos e descobrem várias soluções diferentes para eles. Sabem e reconhecem a importância da intuição como fonte de dicas e orientações. Procuram constantemente desenvolver a criatividade expandindo, assim, a sua inventividade e a busca de novos horizontes profissionais.
9. Melhoram a cada ano que passa.
A medida que o tempo passa tornam-se cada vez mais resilientes, alertas, competentes e de temperamento alegre. Gastam menos tempo tentando sobreviver - como faz a maioria -, e concentram-se em viver activamente o presente, olhar para o futuro e superar crises prontamente. Pessoas resilientes invariavelmente fazem com que seu futuro seja maior do que o seu passado – pois não repousam em suas conquistas - e fazem com que a sua aprendizagem seja sempre maior do que a experiência já adquirida.
Por todos este motivos e porque me revejo nestas 9 características - estou de volta!
Referencias Bibliográficas - “O Poder da Liderança”, de Ernesto Artur BergJuruá Editora.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Os conselhos do João: O cartão que todos vão querer ter!

Lembrei-me de escrever este texto depois de ler alguns post's sobre a dispensa das taxas administrativas da Ryanair através do cartão Webuy da Caixa Geral de Depósitos.
Efectivamente pagar uma anuidade de 7€ para poder usufruir de um desconto de 5€ por pessoa e por trajecto não parece um mau negócio… Mas existe ainda um outro produto que supera as expectactivas – o net net da Unibanco! Também mastercard e absolutamente gratuito (não só na primeira anuidade mas durante toda a vida do cartão e, melhor, sem montantes mínimos de utilização).
Ainda há o preconceito de que o cartão de crédito é um produto não grato para a maioria dos portugueses. Efectivamente para quem não tiver educação financeira pode ser um produto complicado, mas é mais ou menos como ir comer um hamburguer ao Mcdonald’s… eu adoro, mas tenho de ter juizinho e só posso ir de vez em quando!! :)
O melhor é pedir sempre um plafond pequeno e optar pelo pagamento a 100% (assim nunca temos de pagar aquelas taxas de juro disparatadas!)

À PROVA DE FRAUDE!

O cartão de crédito por excelência é o melhor método de pagamento existente, que mais não seja porque é o único que tem seguro. Já imaginou roubarem o seu cartão multibanco? Ou o dinheirinho que traz habitualmente na carteira? Ou falsificarem a sua assinatura num cheque? Pois é, foi-se….
Este cartão de crédito que recomendo, tem um seguro que cobre as últimas 48 horas antes da denúncia da fraude. E ainda por cima, tem um sistema de alertas por sms ou e-mail (gratuito e configurado no portalUnibanco connect pelo cliente), que permite receber alertas sempre que o cartão for utilizado – assim ficamos sempre a saber se somos nós a fazer a compra ou se estamos a ser vítima de burla.

IMENSAS VANTAGENS PARA SI

Ao contrário doutras instituições financeiras que pretendem apenas angariar novos clientes, a Unibanco tem uma política de fidelização invejável.
Simplesmente por pagarmos com o cartão nos parceiros da Unibanco obtemos descontos muito vantajosos que podem ir até aos 30% (alguns exemplos: Cínica Persona, SPAL, Chicco, Pestana Palace, Hotéis Tivoli, Dom Pedro Hoteis, Sana Hoteis, Pousadas de Portugal, Hotéis Vila Galé, Europcar e diversos restaurantes como o Eleven no Porto ou o Il Gattopardo em Lisboa).
A Unibanco é a marca própria dos cartões emitidos pela Unicre, entidade emissora de cartões de pagamento em Portugal desde 1974 e responsável pela gestão da rede de estabelecimentos Redunicre. A Unicre é a instituição financeira com menos reclamações por cliente de todas as instituições financeiras e bancos (esta informação pode ser validada no último relatório de reclamações do Banco de Portugal).
Eu sou cliente há um ano, e como testemunho pessoal, posso acrescentar que até hoje tive apenas um contacto telefónico, logo no início da subscrição, apenas para avaliar se estava tudo a correr conforme o esperado.
A subscrição deste produto tem apenas uma obrigatoriedade, o cliente tem de ter e-mail activo porque é através de correio electrónico que recebemos os extractos (deste modo, e por cada extracto enviado pela Unicre esta doa 1€ à Quercus).
O extracto permite o controlo das compras feitas através do cartão porque os valores aparecem discriminados e em formato de folha excel (assim podemos ver onde gastamos mais dinheiro e em que itens podemos começar a poupar mais).
Este cartão permite escolher o pagamento no dia 07 ou no dia 29 de cada mês conforme for mais conveniente ao cliente e possibilita independência financeira – ou seja o cliente não tem de abrir nenhuma outra conta, pode utilizar a sua conta à ordem habitual.
Como cereja em cima do bolo este cartão permite destriplicar pagamentos de valor igual ou superior a 300€ em 3 meses, absolutamente sem juros!!!
Por favor leia o artigo Esclarecimento sobre o cartão Net Net para mais informações sobre esse cartão.

SUBSCREVA O CARTÃO E GANHE UM VOUCHER DE 1 NOITE PARA 2 PESSOAS COM PEQUENO ALMOÇO INCLUIDO, EM QUALQUER HOTEL VILA GALÉ

Ao fazer a subscrição do cartão através do site Poupa e Ganha recebe, sem sorteio, um vale de 15€ à sua escolha, após a activação do seu cartão:
Atenção: para fazer a subscrição tem de responder a um breve questionário para averiguar se tem perfil financeiro que permita usar o cartão de crédito com responsabilidade. 
Contacte com João Matos - 926859574 
ou 
por mail - joaomatos@decisoesesolucoes.com
Em caso positivo, enviaremos os dados necessários para o seu e-mail. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

O INVESTIMENTO DE ESTRANGEIROS EM PORTUGAL


Numa altura em que toda a gente fala dos Vistos Gold ou Golden Visa, nem sempre pelos melhores motivos, convém voltar resumidamente a esclarecer o que é e a quem se destinam. Uma ideia interessante para atrair Investimento para Portugal, que alguns erradamente perverteram e transformaram em proveito próprio. Condenável.
De referir que já em Julho passado a Revista Living, havia explicado o conceito.
Trata-se de uma autorização de residência excepcional, em Portugal, por actividade de Investimento. Visa sobretudo revitalizar a actividade imobiliária, principalmente de luxo, mas não só, uma vez que pode ser concedido numa das 3 seguintes situações:
- Criação de 10 Postos de Trabalho;
- Transferência para o sistema financeiro Português de capitais de valor igual ou superior a 1 Milhão de euros;
- Aquisição de 1 ou mais imóveis que somem um valor igual ou superior a 500 mil euros;
Muitos turistas que nos visitam, questionam os guias que os acompanham, onde se podem dirigir para se informarem de imóveis que estão para venda em Portugal. Por outro lado, os agentes imobiliários no terreno, sentem por vezes dificuldades em chegar a esses mesmos clientes, investidores ou simplesmente turistas, que pretendem investir no nosso País.
A Revista Living, através do seu site, pode ser um local de divulgação importante, uma vez que permite o interface entre os que nos procuram e o sector imobiliário que pretende divulgar negócios, investimentos ou simplesmente oportunidades.
Por outro lado, vai permitir também as imobiliárias internacionais, pesquisar contactos de Agentes locais no terreno, com quem possam fazer parcerias de negócio, de forma a captar clientes no seu Pais de origem e apresenta-los ao sector imobiliário Português. Estas sinergias só serão possíveis, com a divulgação na comunidade internacional do site em questão, essencialmente nos mercados Lusófonos.
Será também importante a divulgação em regiões menos tradicionais, com possibilidade de acesso ao mesmo em língua inglesa, como sejam Países menos explorados, tais como Turquia, Vietname, Indonésia, Malásia, Singapura, Emirado Árabes Unidos, Iraque, Líbia, etc. a par dos sempre presentes Estados Unidos, China, Rússia ou Japão. Vivemos num mundo global e Portugal é actualmente um excelente País para se poder investir, pela sua segurança, clima, proximidade com a Europa, gastronomia, etc. bem como pela recente crise que atravessamos, que criou e continua a criar enormes oportunidades.
Quase todos os que investem em Portugal, o fazem ou no Algarve ou em Lisboa. Isso deve-se sobretudo, ao desconhecimento e a falta de apresentação de oportunidades noutras regiões. Os distritos de Braga e Porto, são por natureza o local, onde reside uma enorme massa populacional, bem como neles tem origem, a maioria do tecido empresarial Português.
Cada vez que um estrangeiro que nos visita, consegue chegar ao Minho ou Douro, fica encantado e muitas vezes, já nem quer saber de outros locais para investir. Esta é uma questão de mentalidade, sobretudo cultural, que nos cabe a nós agente nos terreno alterar e modificar.
Todos os intervenientes em conjunto, devem esforçar-se por conseguir captar a visita de Investidores a estas regiões a começar pelo sector turístico. O melhor e mais recente exemplo é aquilo que tem acontecido na cidade do Porto e no Rio Douro, visitada anualmente por milhões de pessoas.
(Brevemente numa Revista perto de si)




quarta-feira, 26 de junho de 2013

6 DOS ERROS MAIS COMUNS DOS INVESTIDORES

Poucas pessoas gostam de problemas.
Consequentemente, a tendência
natural, na resolução de problemas é
escolher a primeira solução disponível
e avançar com ela. A desvantagem desta
abordagem é que podemos avançar para
um abismo ou para um problema pior
que o anterior. Uma melhor estratégia
é tomar conhecimento das várias
alternativas, estudá-las em profundidade
e considerar as consequências prováveis.
Sabemos, no entanto, que não é assim
que a maioria dos investidores toma
decisões. O mais comum é seguirem a
última estratégia de que todos falam.
Em muitos aspetos, investir é como o
ténis. Ter um serviço arrasador ou um
backhand forte permitir-lhe-á ganhar
muitos pontos mas esta vantagem
desaparece com uma sucessão de duplas
faltas ou erros não forçados. No final de
cinco sets, o vencedor é habitualmente
o jogador que errou menos. Ser capaz
de lançar a bola para o outro lado da
rede, independentemente do que o
outro jogador faz, conta bastante para o
resultado final.
Investir é muito parecido. A menos
que saiba evitar os erros mais comuns
do investimento, os retornos serão
medíocres. Serão precisas muitas boas
ações para compensar apenas alguns
grandes erros.
Os mais frequentes erros dos
investidores são:
1. Tentar adivinhar o mercado
“Market timing” é um dos grandes
mitos do investimento. Não existe
estratégia que consistentemente consiga
prever quando devemos estar dentro
ou fora do mercado e alguém que diga
o contrário provavelmente quer vender
uma dessas estratégias...
Um exemplo simples pode ilustrar
o perigo de estar sempre a entrar ou a
sair do mercado. Segundo um estudo
da American Century Investments para
o mercado americano, se um investidor
tivesse suportado toda a turbulência dos
mercados no período de 1990 a 2005
(com os loucos anos 90 e a queda brutal
dos anos 2000 a 2002), 10.000,00
USD teriam crescido até 51.354,00
USD. Se tivesse perdido os 10 melhores
dias desse período de 15 anos, o seu
retorno cairia para os 31.994,00 USD.
Se tivesse falhado os 30 melhores dias
– um mês em 180 – teria conseguido
15.730,00 USD. Se perdesse os 50
melhores dias, perderia dinheiro e
os seus 10.000,00 USD originais só
valeriam 9.030,00 USD.
Se fosse possível adivinhar o mercado,
com modelos matemáticos ou outros,
pode apostar que já o teriam feito.
2. Tudo ou nada, jogo de sorte ou
azar
Ter em carteira ações arriscadas –
tudo ou nada – é o caminho certo para
o desastre financeiro. A matemática
insidiosa do investimento significa que
recuperar grandes perdas é muito difícil
– uma ação que caiu 50% precisa de
duplicar para voltar à estaca zero.
Encontrar a próxima Microsoft
quando ainda é uma pequena start-up
é extremamente difícil. É muito mais
provável encontrarmos uma empresa
que acabará por desaparecer, uma vez
que é muito difícil discernir qual é qual
quando a empresa está a começar. A
verdade é que muitas empresas pequenas
não fazem mais do que tentar sobreviver
– assumindo que não vão à falência.
Entre 1997 e 2008, por exemplo, 8%
das empresas do Nasdaq foram retiradas
de cotação. São cerca de 220 empresas
cujos acionistas sofreram pesadas perdas.
3. Acreditar que desta vez
é diferente
As quatros palavras mais caras no
investimento são “desta vez é diferente”.
A história repete-se e da mesma forma
que as bolhas rebentam, também depois
de mínimos nos mercados acionistas, as
ações recuperam sempre.
 Winston Churchil dizia “quanto mais
longe no passado olhares, mais longe
no futuro conseguirás ver”. Por isso,
desconhecer a história dos mercados
financeiros é uma desvantagem enorme.
As pessoas esquecem-se da natureza
cíclica das coisas, extrapolam até ao
excesso as tendências passadas recentes
e ignoram a probabilidade da reversão
para a média.
“A Morte das Ações”, um artigo
publicado na “BusinessWeek” em
Agosto de 1979 sinalizando uma
mudança tectónica no investimento, é
um bom exemplo. A base era a seguinte:
i) Sete milhões de acionistas tinham
abandonado o mercado de ações
desde 1970,
ii) As instituições que geriam
fundos de pensões foram autorizadas a
investir noutros ativos que não ações,
iii) Os fundos de investimento, até
então com cerca de 80% investido em
ações, estavam abaixo de 50%,
iv) Poucas empresas encontravam
comprador para as suas ações.
O artigo era tão negativo que quem
pensasse só por si diria: isto já não
pode piorar mais. A verdade é que
marcou a mudança: o início do maior
“bull market” da história. Quando os
preços estão tão baixos, as ações podem
começar a subir sem a ajuda de um
“bull market”.
Da mesma forma, quando as ações
estão caras, os preços podem ruir sob
o seu próprio peso. Em 1999, a revista
“Barron´s” colocava Warren Buffett na
capa e interrogava-se “Que se passa,
Warren?”. Nesse artigo, a “Barron´s”
lamentava a aversão de Buffett a ações
tecnológicas. Nos três anos seguintes o
Nasdaq, índice das ações tecnológicas
nos Estados Unidos, caiu mais de
60%, enquanto a Berkshire de Warren
Buffett subiu cerca de 40%.
Quando os preços sobem para níveis
além do céu, quer no mercado de
ações ou imobiliário ou outro, reina o
otimismo… Do mesmo modo, quando
os preços caem para níveis tão baixos que
as empresas transacionam a 60% do valor
de substituição dos ativos subjacentes e o
pessimismo está em máximos, é comum
aparecer um novo paradigma: as velhas
regras já não se aplicam.
O que, consistentemente, fornece
as fundações para esta insistência de
que o “jogo” mudou para sempre?
As quatro palavras mais perigosas do
mundo do investimento: DESTA VEZ
É DIFERENTE.
4. Apaixonar-se pelo produto
É muito fácil cair nesta armadilha.
Muitos pensaram que a Palm seria
um grande investimento depois de
terem adquirido, na altura do seu
lançamento, uma Palm Pilot. Parece
inteiramente lógico mas a realidade é
que grandes produtos não se traduzem
necessariamente em grandes lucros.
A Palm foi a primeira empresa a
inventar uma organizador portátil que
era relativamente fácil de utilizar e
barato mas o negócio da eletrónica de
consumo é muito exigente. As margens
são magras, a concorrência intensa
e é muito difícil conseguir lucros
consistentes.
Embora excelentes produtos
e tecnologias inovadoras sejam
importantes na avaliação de uma
empresa, nada é mais importante que os
fundamentos económicos e as vantagens
competitivas do negócio. A Palm
produziu um excelente aparelho que
milhões de pessoas compraram, mas, em
2001 e 2002, a Palm perdeu centenas
de milhões de dólares e, em meados de
2003, a ação tinha perdido 98% do seu
valor de entrada no mercado.
Quando olhamos para uma ação,
devemos perguntar-nos: este é um
negócio atrativo? Compraria a
totalidade da empresa, se pudesse? Se a
resposta for não, ignore a ação – mesmo
que goste muito dos seus produtos.
5. Entrar em pânico quando
o mercado está a cair
As ações são, geralmente, mais
atrativas quando ninguém as quer
comprar. A procura de validação – fazer
o que fazem os outros – é uma tentação
muito grande no investimento, mas
a história demonstrou repetidamente
que os ativos são baratos quando toda
a gente os evita. Como dizia Sir John
Templeton, “as alturas de pessimismo
máximo são as melhores para comprar”,
é quando os ativos transacionam por
muito menos do que o seu valor.
Anualmente, a Morningstar leva a cabo
diversos estudos sobre a performance de
vários fundos de ações. Analisando quais
os fundos que atraem mais dinheiro de
investidores e quais deles sofreram mais
levantamentos de capital, chega-se a uma
conclusão muito interessante: as classes
de ativos que todos detestam tiveram
melhores performances do que as que
toda a gente gosta.
Remar contra a maré exige um
conhecimento profundo, capacidade
de análise do que se está a comprar e a
vender e firmeza de carácter. Terá muito
mais sucesso como investidor se pensar
por si próprio e procurar pechinchas
nas partes do mercado que todos
evitam do que se investir nas ações ou
investimentos de que todos falam.
6. Ignorar a avaliação
Este erro veio assombrar muitas
pessoas nos últimos anos. Embora seja
possível que outro investidor pague,
no futuro, 50 vezes os lucros por uma
empresa que comprámos por 30 vezes
os lucros, esta aposta é muito arriscada.
Ou seja, se comprar uma empresa com
um PER de 30, isto significa que seriam
precisos 30 anos de lucros (assumindo
que se manteriam constantes) para
pagar o seu investimento. Importa
ainda dizer que avaliar uma empresa
é muito difícil e não há apenas meia
dúzia de indicadores a considerar. É
necessário levar em conta o histórico
de evolução dos resultados da empresa
e a sua comparação com os seus
concorrentes, para a identificação de
vantagens competitivas sustentáveis.
É fundamental ter a confiança de que
o balanço da empresa é seguro e que,
em caso de dificuldades, vai permitir à
empresa fazer face aos seus compromissos
e até poder investir para aproveitar
oportunidades. É importante analisar
a política de alocação dos resultados
da empresa, para verificar se financiam
as suas atividades com os capitais
gerados internamente; se remuneram
consistentemente os acionistas através da
distribuição de dividendos e recompras
de ações; e se fazem aquisições (se for o
caso) com critério.
Os dois motivos porque se deve
comprar uma ação é porque o negócio
subjacente tem grandes vantagens
competitivas e porque a ação vale mais
do que o preço a que está a transacionar
no mercado. Só desta forma garante
margem de segurança confortável e uma
rentabilidade mais elevada.
Se conseguir evitar estes erros,
conseguirá uma grande vantagem sobre
o investidor comum.
O que importa no investimento não é
o que as pessoas sabem, mas sim o que
elas realisticamente reconhecem não
saber. Um investidor precisa de fazer
muito poucas coisas certas desde que
evite grandes erros.


terça-feira, 30 de abril de 2013

OS PROJECTOS (Gestão)


OS PROJECTOS (Gestão)

Os projectos são cada vez mais parte do trabalho diário de muitas organizações, portanto a necessidade de gestores de projecto experientes e bem treinados está a aumentar, enquanto essas organizações reconhecem o valor dos gestores de projecto com um histórico de entrega de projectos complexos com sucesso.

Muitas organizações que alocam indivíduos com pouca ou nenhuma experiência e treino para um papel de gestor de projectos, geralmente têm uma má experiência com a sua gestão.

As organizações tem vindo a esforçar-se para melhorar a taxa de sucesso de seus projectos, empregando pessoas com as competências adequadas e qualificações, ou pelo treino dos seus gestores de projectos existentes.

Um relatório intitulado “A Situação do Treino de Gestão de Projectos” da PM Solutions revelou uma taxa média de melhora de 26% em oito métricas de projecto e desempenho do negócio devido a iniciativas de formação em gestão de projectos.

Qualificação profissional e de capacitação em metodologias de gestão de projectos internacionalmente reconhecidas, pode fornecer conhecimento valioso, dar aos clientes uma maior confiança nas habilidades dos gestores de projecto, e pode aumentar os salários dos gestor de projecto também.

Mas avançar na sua carreira em gestão de projectos requer mais do que adquirir as qualificações adequadas.

Você tem que apoiar a sua carreira com a experiência e qualidades de liderança, e ser comprometido com o desenvolvimento profissional contínuo.

E, acima de tudo, entregar projectos profissionalmente e com sucesso.

Concentre-se por isso, em 10 áreas-chave para se tornar um melhor gestor de projecto:

1. Mantenha o cliente e os stakeholders felizes:

O cliente do projecto e os stakeholders podem, ou não, ser as mesmas pessoas, dependendo do tipo de projecto.

Um stakeholder é frequentemente um executivo sénior ou guru técnico que tem um interesse em ver o projecto ser concluído de maneira bem sucedida porque a sua reputação pessoal ou a reputação da organização vai estar em jogo.

Não subestime a importância de ter o cliente e os stakeholders do seu lado.

O nível de satisfação dos stakeholders, ou clientes, com o resultado final do projecto é tão importante quanto ser um sucesso técnico ou um sucesso “no papel”, e talvez ainda mais importante.

2. Cumpra o cronograma:

Cada gestor de projecto experiente sabe que o cronograma estabelecido, na fase inicial de um projecto quase sempre passará por mudanças com o progresso do mesmo, mas é monitorizando a gestão, e adaptando o cronograma para atender situações de mudança que acabará por determinar, se o projecto é visto como tendo ficado dentro do prazo.

Há quase sempre alguma margem de manobra se o agendamento é tratado de forma eficaz.

3. Entregue qualidade:

A maioria dos projectos terá resultados práticos em várias etapas do cronograma, além do produto final, e são essas fases de entregas que começam a dar aos stakeholders e clientes uma indicação do quão bem o projecto está indo.

Desta forma o gestor de projecto pode garantir que cada entrega reflicta a qualidade que seria de esperar do produto final.

4. Controle o orçamento:

Há evidência nas pesquisas que, se a entrega final do projecto excede substancialmente as expectativas do cliente, então, o orçamento excedente pode tornar-se menos significativo; ou seja, o cliente reconhece uma distinção entre o sucesso da gestão de projectos, o sucesso técnico e o sucesso do negócio.

No entanto, cada gestor de projecto deve colocar ênfase em ficar dentro do orçamento definido em cada fase do projecto.

Quando o orçamento rebenta, a primeira opção deveria ser a de cortar algumas tarefas não essenciais, e só concordar com um aumento do orçamento a pedido do cliente.

5. Cumpra os requisitos:

Cada projecto deve ter um conjunto claramente documentado de requisitos.

De fato, como gestor de projecto é sua responsabilidade garantir que esse seja o caso.

É essencial que o projecto atenda a todos os requisitos, e também essencial que cumpra apenas os requisitos documentados.

Uma das maiores causas da ultrapassagem do orçamento ou cronograma é o aumento dos custos, onde as exigências gradualmente aumentam até o ponto onde elas são substancialmente maiores do que aquelas que estão definidas, e têm poucas hipóteses de ser concluídas dentro do cronograma e do orçamento disponível.

6. Gerencie os riscos:

Seria um projecto muito incomum se algo não desse errado em algum momento.

Por isso, se você pode antecipar os riscos potenciais antes que eles ocorram, então você poderá evitar diversos problemas.

Se você não pode evitá-los, pelo menos vai ser capaz de controlá-los porque eles não serão uma surpresa.

Cada projecto deve ter um plano de contingência para gerir os riscos previsíveis.

É um erro comum esperar que os riscos não ocorrem e assim não se preparar para eles, e, embora seja difícil prever todos os problemas, muitos riscos podem ser antecipados.

7. Entenda as dependências:

Uma dependência é uma tarefa que precisa ser concluída totalmente por um indivíduo ou a equipa antes de outra parte do trabalho poder ser iniciada.

Entender em detalhe como e porque a segunda parte da tarefa é dependente da primeira, é fundamental para o sucesso do projecto.

Quando uma dependência existe, e a primeira tarefa não é concluída, isto afecta negativamente a próxima tarefa e potencialmente mais tarefas, ou ainda, todo o projecto.

Por esta razão, é vital acompanhar cada dependência conhecida em todo o curso do projecto.

8. Comunique de forma eficaz:

A proliferação de e-mail como a alternativa para reuniões presenciais ou conversas telefónicas tem suas vantagens e desvantagens.

Embora a palavra escrita permita maior probabilidade de garantir que detalhes técnicos específicos sejam completamente compreendidos, o e-mail não permite o mesmo nível de relacionamento construção e desenvolvimento de confiança como a comunicação verbal faz.

Não deixe a comunicação por e-mail tomar o lugar da comunicação verbal, mas use-a como uma ferramenta adicional para uma boa comunicação.

9. Construa uma equipa comprometida:

Desenvolver o comprometimento em qualquer equipa de projecto vai colher grandes benefícios durante o curso do projecto.

Projectos realizados sem o compromisso total dos stakeholders e toda a equipa são muito mais propensos a falhar.

Mas estabelecer com clareza o trabalho necessário, com prazos realistas e expectativas transparentes, é um factor importante na qualidade do trabalho e, consequentemente, no sucesso de um projecto, então nunca deve ser subestimado.

10. Trabalhe de forma colaborativa:

Colaboração entre as equipas, departamentos ou empresas, mesmo diferentes, é muitas vezes necessária para grandes projectos corporativos.

Estas relações podem existir por escolha, mas também podem ser por necessidade.

Pode haver ressentimentos subjacentes e rivalidades entre os diferentes grupos, mas a cooperação é essencial para o sucesso de um prometo.

Envolvendo membros de todos os grupos no processo de decisão inicial e estágios de planeamento, ajudará a construir um espírito de equipa e aliviar qualquer hostilidade entre os grupos.

Procurar entender as emoções humanas envolvidas, e não apenas as habilidades, leva a uma melhor compreensão dos diferentes grupos e a relações de trabalho mais eficazes.

Ao concentrar a atenção nestas 10 áreas-chave e completando a experiência e as habilidades pessoais com cursos de gestão de projectos adequados, um gestor de projecto pode entregar projectos com mais sucesso e, consequentemente, avançar na sua carreira.



sexta-feira, 15 de março de 2013

PARTICIPAÇÃO CIVICA

Participação cívica  é chamar a atenção dos outros para pontos de vista diversos, de forma a fomentar o raciocínio e a discussão, sempre com um objectivo único  melhorar as condições do maior numero de pessoas possível.



sexta-feira, 1 de março de 2013

CROWDFUNDING


Com a crise de crédito global, a desacelerar os empréstimos bancários até quase secarem, os empréstimos entre particulares estão a preencher o vazio, proporcionando o muito necessário financiamento de pequenas empresas e garantindo melhores retornos para os investidores.

Presentemente, essa revolução está a servir de tábua de salvação para muitas pessoas e algumas pequenas empresas.

Comecei a fazer empréstimos a estranhos – às dezenas.
Não sou louco, nem rico ou filantropo. Os empréstimos são minúsculos. As garantias são boas. Até agora, os devedores estão a cumprir os pagamentos e estou a obter um lucro que me dá muito jeito a mim e aos investidores.
E o melhor é que me sinto a fazer parte de uma revolução.
O setor bancário não oferece crédito, secou.
Oferece produtos com taxas muito baixas para as poupanças e exorbitantes para empréstimos, acrescidos de desagradáveis custos ocultos e comissões e taxas.
Os intermediários obtêm lucros colossais, especialmente quando são gananciosos e imprudentes. Quando o negócio corre mal, como inevitavelmente acontece, o contribuinte paga a conta.
Portanto, as alternativas são bem-vindas, como é o caso dos créditos cooperativos entre particulares, que colocam os que precisam de dinheiro diretamente em contacto com os que têm para emprestar (os quais cobram uma taxa pelo serviço).
Zopa, uma empresa britânica de empréstimos deste tipo, movimentou 260 milhões de libras (€310 milhões) desde que entrou em atividade, em 2005.
Umas centenas de euros para começar
Crowdfunding (tem um significado parecido com “autobanco” e soa como "banco fácil') oferece melhores condições, porque faz empréstimos a pessoas que não tem como aceder ao crédito.
Alguns agiotas cobram normalmente 50% por um empréstimo institucional sem garantias.
No Crowdfunding permite-se créditos a taxas muito mais baixas – o habitual não ultrapassam os 20%.
Trata-se de um bom negócio: a melhor taxa de poupança que consigo, num banco português, é inferior a 3% (e metade dos escassos rendimentos vai-se em impostos).
O Crowdfunding abriu-se a investidores de todo o lado.
Bastam umas centenas de euros, para começar.
Rendimentos variam com os riscos
Os potenciais clientes têm de convencer o credor da sua credibilidade.
“Fernandes”, por exemplo, é um engenheiro de telecomunicações que quer fazer obras em casa.
Precisa de 2000 euros de crédito a 24 meses. Pode pagar até 20%.
É solteiro e tem um salário de 2500 euros por mês.
A prestação para o capital e os juros será de 200 euros todos os meses.
Analisei as suas outras despesas (prestação do apartamento, leasing do automóvel e um cartão de crédito) e considerei que ele podia pagar essa quantia sem problemas.
Portanto, emprestei-lhe 2000 euros. Claro que recorri a dezenas de pessoas, assim mitiguei o risco.
Ele paga mensalmente.
Divido o dinheiro pelos investidores.
Por cada 1000 euros emprestados, cada investidor recebe 10 euros todos os meses, 120 ao fim de 1 ano.
Se algum empréstimo correr mal, vendo-o a uma agência de cobrança de dívidas.
A concorrência faz descer os custos de empréstimos.
Os rendimentos variam com os riscos.
“Helena” (secretária, com 600 euros por mês) queria 1000 para pagar um curso de língua Inglesa.
Estava disposta a pagar 35%, mas acabou por pagar apenas 20%, porque apareceram imensos credores interessados no empréstimo dela.
Dinheiro dos cumpridores cobre os atrasos
Algumas pessoas falham os pagamentos: uma média de 3%.
Mas as taxas de juros dos empréstimos que correm, bem mais do que compensam isso.
Até agora, três dos meus empréstimos atrasaram-se um pouco – mas o dinheiro dos cumpridores cobriu perfeitamente os atrasos.
O meu rendimento líquido médio é superior a 5%.
Até agora, emprestei 27000 euros a mais de uma dezena de pessoas, em montantes que variam de 500 e os 3000 euros.
Já me devolveram 5000 de capital e 2000 de juros. Também já recebi 100 euros de "penalizações".
Os custos de gestão do negócio são baixos: praticamente só para gestão do site de Internet e publicidade.

Talvez ainda seja demasiado novo e demasiado diferente este negócio.
Mas lembro-me quando disseram o mesmo acerca de outras invenções como Skype, Google, Messenger, Facebook, já para não falar de outros.